Carta para o meu filho no seu aniversário

sábado, 8 de agosto de 2015

No dia em que te trouxe do hospital, senti medo."Meu, esses médicos loucos me deixaram sair sozinha com um bebê!" era o que passava na minha mente. Você era tão bonzinho que nem cólicas tinha, nem chorava. Ah, como te amei desde o primeiro momento.
Mas algo no meu coração me dizia, "Prepara-te, vais precisar ser muito forte". Eu sabia que era Deus falando comigo. Mas não entendia onde Ele queria chegar:será que ias ter ter alguma doença?
Comecei a pirar, a surtar, ficava horas pesquisando na Internet sobre doenças ligadas à neurofibromatose. Enquanto isso, meu amado filho, você dormia como um anjo,e eu sofria sozinha.
Até que um dia, percebi o que Deus queria dizer. Ele quis me preparar para o que eu ia viver. Para eu arregaçar as mangas e ser pai e mãe na maior parte do tempo, ser responsável por tudo o que dizia respeito a ti. E de repente, éramos só nós.
A nossa família se tornou eu e você, meu filho. Casa nova, carro novo, vida nova. Tudo novo para nós. Era assim que eu queria? Não. É isso que Deus tem para mim? Jamais. Mas é o meu deserto, filho, onde infelizmente te carrego, mas onde Deus nos dá a mão e onde Ele não permite que você sinta nada destas confusões de adultos.





Me perdoa todas as lágrimas. Me perdoa todos os meus erros. Me perdoa das vezes que me distraí e você caiu da cama. Me perdoa por nem sempre chegar a tempo de te colocar para dormir. Me perdoa quando no início não sabia fazer papinha gostosa.
Mas nunca te abandonarei. Deus me deu a missão de ser sua mãe, de cuidar de você, de te levar para a igreja, de colocar o joelho no meu chão e clamar a Deus pela sua felicidade e bem-estar.
No dia do teu aniversário, eu estou de parabéns também. Porque aniversário de filho é também aniversário de mãe. Tenho orgulho de ser sua mãe e espero que um dia você tenha orgulho de ser meu filho. Porque você nasceu de mim, mas foi você, meu querido bebê, que me deu a vida, por você resisti e com você descobri o verdadeiro sentido do amor incondicional. Enquanto tudo lá fora desmoronava, Deus estava conosco aqui no nosso lar para nos proteger.
Eu te prometo mover o mundo para te ver bem. E estou disposta a abdicar do que eu quero se isso não for bom para ti, meu menino.

Minha relação com o meu cabelo

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Eu, como qualquer mulher que se preze, tenho uma relação extremamente peculiar com o meu cabelo. Nunca está suficientemente bom, sempre quero mudar e quando mudo, sempre - sempre! - me arrependo.
Eu sou daquelas que quando o cabelo está comprido quer cortar e que quando está curto quero que ele cresça. A cor então é um desafio. Eu sou loira de nascença, de corpo e alma. Mas, nos últimos anos, tenho achado meu loiro muito deslavado. Fiz luzes algumas vezes e sempre me arrependi, porque resseca demais. E quando ele está na cor natural, eu quero pintar de novo.
Mas ser loura falsa não é fácil. Porque você mira na Giselle Bundchen e acerta na louca do cabelo amarelo palha.




Meu sonho de consumo hoje em dia é esse louro da esquerda. Louro riqueza, sabe? De mulher que bebe chá gelado no Starbucks e tira foto de look do dia. Mas com a sorte que eu tenho eu ganho o da direita, um amarelo zuado clamando por creme Seda - sim, porque louro riqueza é cuidado no Spa Dios.
Louro riqueza expira charme, simpatia e empoderamento feminino. Mulher com louro riqueza come comida japonesa com pauzinhos, vai no Chalézinho comer fondue e tira selfie com o bofe segurando taça de espumante francês.
O louro da direita, que eu carinhosamente chamo de louro periferia e onde me incluo, é, infelizmente, o mais fácil de se conseguir. Aí com medo de isso dar errado, decidi que ia ser ruiva, um desejo que tenho desde antes de pensar em engravidar.



Meu, como é difícil ser ruiva. Eu diria que é impossível. Desbota em uma semana para o louro e é caro de manter, já que tem de tonalizar, no mínimo, duas vezes por semana, fora o retoque da raiz. Ou seja, já me arrependi e desisti dessa saga. Em breve, vou voltar à saga amarelinha. Não adianta, minha alma é loura.

Pé pós maternidade

sábado, 1 de agosto de 2015

Tem várias coisas que acontecem na maternidade que as pessoas não contam. Parece que vivemos em um clube  secreto de mães que por alguma razão escondem importantes aspectos de ter um filho.
Um deles é sobre pés.
Não, não estou me referindo ao inchaço. Estou falando de algo quase sobrenatural: os pés crescem na gravidez. E muitas vezes não voltam ao normal depois do parto.
Sabem o que isso significa? Vários sapatos se tornam inutilizáveis. Ficam apertados. Machucam o dedão. E o que fazer com a coleção de sapatos conquistada durante anos, que agora não servem mais na 'pata'? Sim, tem de doá-los todos.
Eu acho que isso deveria ser muito bem esclarecido às gestantes. Eu descobri no último trimestre da gravidez, quando os meus pés pareciam um pão de leite de tão inchados e li que os pés poderiam nunca  mais voltar a ser os mesmos.
Poxa, podia ter tirado o joanete também né?
 
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