Coragem

domingo, 30 de dezembro de 2018

É preciso coragem para pular de paraquedas. Para trocar aquele emprego estável por uma proposta inovadora mas totalmente incerta. É preciso coragem para nadar em meio aos tubarões. Mas nada disso se compara à coragem que é necessária para desapegar de um amor que, no fundo, é tudo menos amor.
Amar não é uma escolha. É um sentimento que invade seu coração, sua cabeça e sua vida sem aviso prévio. Mas seguir amando - ou deixar de amar - é uma decisão que requer coragem e razão. 
Esquece o coração nessas horas. Provavelmente ele não vai te ajudar a fazer a escolha certa. Ele vai te lembrar aqueles momentos em que você mais sorria do que chorava, em que não precisava esconder a tristeza, em que você não precisava fingir que você estava abaixo de todas as outras coisas. O coração vai te dar aquela ingênua esperança de que, talvez, pela primeira vez na história do planeta, você vai conseguir mudar alguém, que alguém vai querer mudar para não te perder. Guess what? Isso não vai acontecer, ninguém muda por ninguém. 

Carta para aquele que um dia eu amei

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Não lembro exatamente quando começamos a nos perder um do outro, mas recordo perfeitamente do que você me fazia sentir. Você me olhava de uma forma diferente, me tocava de um jeito diferente, então me perdi no seu sorriso, nos seus olhos castanhos, e em você depositei tudo aquilo que eu nunca tive e que tanto sonhei.
Mas você não era essa pessoa. Não quis ser, ou não conseguiu. Mas insistimos. Sabe quando eu sempre falava que o amor não bastava? Que o fato de a gente se amar tanto e não conseguir ficar longe nunca seria o bastante? Então.

É bom, mas não basta

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O amor é um dos sentimentos mais incríveis do mundo. Mas segurem esta: ele não chega. 
Amar outra pessoa é sensacional, é levitar, é sorrir sem motivo. O amor é tão extraordinário que ele se torna o início de uma nova história. Só que ele também pode ser o ponto final.
A verdade é nua e crua: ninguém vive de amor, e também ninguém morre por ele. Amor não paga conta, não coloca comida na mesa, não dá aquela promoção no emprego e, ouso dizer, não dá futuro. O que faz tudo isso é a parceria, o caminhar na mesma direção, a confiança, a entrega, a reciprocidade, o amadurecimento. Sem isso, o amor morre. Se um remar para um lado e o outro para o lado oposto, alguém vai cair ao mar. 
E o amor tanto faz ficar, como faz ir embora. Ele nos faz ficar quando é bom, quando faz bem, quando nos levanta e revela o nosso melhor. Quando é aconchego e refúgio, ele nos faz ficar.
Mas quando ele faz mal para os dois, afunda, nos rebaixa e humilha, é hora de pentear o cabelo, passar um batom e ir embora. Quando o amor recusa a mão esticada, é tempo de cair fora. 
Guardar os resquícios de um amor que não nos levanta dói. Mas passa. 



 
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