Minha relação com o meu cabelo

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Eu, como qualquer mulher que se preze, tenho uma relação extremamente peculiar com o meu cabelo. Nunca está suficientemente bom, sempre quero mudar e quando mudo, sempre - sempre! - me arrependo.
Eu sou daquelas que quando o cabelo está comprido quer cortar e que quando está curto quero que ele cresça. A cor então é um desafio. Eu sou loira de nascença, de corpo e alma. Mas, nos últimos anos, tenho achado meu loiro muito deslavado. Fiz luzes algumas vezes e sempre me arrependi, porque resseca demais. E quando ele está na cor natural, eu quero pintar de novo.
Mas ser loura falsa não é fácil. Porque você mira na Giselle Bundchen e acerta na louca do cabelo amarelo palha.




Meu sonho de consumo hoje em dia é esse louro da esquerda. Louro riqueza, sabe? De mulher que bebe chá gelado no Starbucks e tira foto de look do dia. Mas com a sorte que eu tenho eu ganho o da direita, um amarelo zuado clamando por creme Seda - sim, porque louro riqueza é cuidado no Spa Dios.
Louro riqueza expira charme, simpatia e empoderamento feminino. Mulher com louro riqueza come comida japonesa com pauzinhos, vai no Chalézinho comer fondue e tira selfie com o bofe segurando taça de espumante francês.
O louro da direita, que eu carinhosamente chamo de louro periferia e onde me incluo, é, infelizmente, o mais fácil de se conseguir. Aí com medo de isso dar errado, decidi que ia ser ruiva, um desejo que tenho desde antes de pensar em engravidar.



Meu, como é difícil ser ruiva. Eu diria que é impossível. Desbota em uma semana para o louro e é caro de manter, já que tem de tonalizar, no mínimo, duas vezes por semana, fora o retoque da raiz. Ou seja, já me arrependi e desisti dessa saga. Em breve, vou voltar à saga amarelinha. Não adianta, minha alma é loura.

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