O tal do desafio da maternidade

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Pipocou tempos atrás neste maravilhoso mundo da Internet o tal do Desafio da Maternidade, em que nós, mamães, éramos instigadas a publicar fotos que representassem o quão maravilhoso é ser mãe. Eu publiquei por livre e espontânea pressão, porque não aguentava mais ser marcada pelas minhas amigas, mas publiquei algo tão rápido que nem pensei bem no que era o desafio.
Rolou uma polêmica também com uma moça que confessou que, apesar de amar o filho, odiava ser mãe. Logo já choveram centenas de críticas à jovem mãe. 
Eu não sei o que acontece neste fantástico mundo da maternidade, em que mães, ao invés de se unirem para se ajudar, entram numa briga de julgamentos e tentando provar que uma é melhor mãe do que a outra. A mãe que publicou o desabafo tinha um bebê de 40 dias. Quem não lembra como era quando nossos filhos tinham 40 dias? Não dava tempo de dormir, de comer, de lavar o cabelo, de tirar o pijama ou de escovar o dente. Era 24h em prol do bebê, isso tudo sozinha, porque geralmente o pai trabalha. 

Ser mãe é lindo, maravilhoso, libertador, é um empoderamento enorme, é conhecer o tal do instinto materno e ver que pouco muda de como os animais defendem suas crias. Mas também é cansativo, exaustivo. E, me desculpem, quem diz que não é, tem ajuda de babá ou empregada. Experimenta fazer tudo sozinha, desde que o bebê acorda até que ele se deita, experimenta lavar louça com uma pessoinha grudada nas suas pernas pedindo colo, experimenta pegar busão com a mochila dele, a sua bolsa, guarda-chuva e um bebezão de 12 kg no braço. Não é nada fácil. Dá até vontade de chorar quando chegamos à conclusão que o descanso só chega quando estamos no trabalho ou quando o bebê dorme de noite (o que não tem hora certa para acontecer).

A verdade é que a maternidade é bem machista. Quando vemos uma mãe dando mamadeira, banho, trocando fralda, dando almoço, levando e buscando na escola, brincando, colocando pra dormir, educando, dando bronca, achamos normal: "Ah, é mãe, é assim mesmo". Mas quando vemos um pai jogando bola ou andando de mão dada com o filho, logo pensamos: "Aaaah, que lindo esse pai, olha só, que imagem linda, que bom pai!". 

Desafio da maternidade é no dia a dia que se vive, em colocar seu filho acima dos seus próprios interesses e ficar feliz por isso. Porque ser mãe de Instagram, ter filho para deixar os outros cuidar para você poder sair despreocupadamente é fácil.

Carnaval em Portugal

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O Brasil é conhecido mundialmente pelo seu carnaval, são cinco dias, em média, em que o País para para a folia. Mas o que muita gente não sabe é que nós, portugueses, também festejamos o carnaval. Mas, claro, à nossa maneira.

A principal diferença é que, nesta época do ano, faz muito frio em Portugal. Em Lisboa, onde o clima nem é dos mais frios, chega a fazer 12º. Mas isso não impede a brincadeira. Em Portugal, há muitos desfiles de carnaval, mas o mais famosos são os de Torres Vedras, Sines, Madeira, Ovar, Alcobaça e Sesimbra, que também têm carros alegóricos e bonecões e onde geralmente os temas são sátiras à política nacional e internacional. E sim, também tem mulherada sambando - no frio - devido à influência da cultura brasileira.




No carnaval, a grande diversão é se fantasiar, ou, como dizemos por lá, se mascarar. E isso não vale só para crianças, os adultos também se mascaram e nesta época do ano, é bem comum vermos homens vestidos de mulher - tudo para a brincadeira.



Outra diferença são as brincadeiras. No carnaval português, usamos muitas serpentinas, confetis, buzinas e... balões de água. Sim, quando começa a chegar o carnaval, a ~ brincadeira ~ é jogar balões de água nas pessoas das janelas dos prédios, dos carros. Sim, é comum jogar bexigas com água em pessoas desconhecidas. E ai de quem se ofender, porque, como se diz por lá "É carnaval, ninguém leva a mal". Agora imaginem, você vai na calçada, com frio, cheio de blusas e casacos e vem um gajo e te manda um balão de água à cabeça e sai a correr.E enquanto for só água, tudo bem, há quem misture lixívia (água sanitária) e até xixi. Ou sacos cheio de farinha. Engraçado né? É, também não acho.



A verdade é que o carnaval em Portugal tem muita tradição e foi de lá que a folia foi exportada para ouros lugares, como o Brasil, por exemplo. Na terra de Cabral, a festa sempre foi um misto de religiosidade e paganismo, onde as brincadeiras de jogar água, farinha, ovos e tinta uns aos outros acontecem desde o século XVII, até que, no século XIX, em cidades como Lisboa e Porto, começaram a dar lugar a bailes de máscaras, já que os foliões começaram a perder os limites. português é folgado há séculos kkk
 
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