Adeus ao que nunca chegou

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Dizer adeus é difícil. Afinal, custa nos separarmos daquilo que um dia nos fez bem, nos fez rir e nos encheu o coração. Mas o que é ainda mais difícil é dizer adeus a algo que nunca chegou a existir ou que, se existiu, foi só por breves momentos.
Por mais que não queiramos ter expectativas, as malditas acabam por chegar sem avisar. E você pode até jurar a pés juntos que não vai acontecer, que tudo será diferente, que agora quem manda é você. Ah, tolinha!
Não podemos ter medo de dar as boas-vindas ao novo, mas, acima de tudo, é preciso saber não retardar o adeus àquilo que ou nunca chegou ou já se foi faz tempo.
Pode até doer e custar um pouco na hora, a garganta fecha e o dedo chega a tremer para mandar aquele "Oi!" no Whatsapp. Mas fala sério, você já venceu coisas bem piores, não é verdade?
Segue o jogo.


Sabe, gostei de você

sábado, 20 de agosto de 2016

Ei, gostei de você. E foi assim, do nada, bem do jeitinho que você apareceu.
É um "nada importa"  que faz bem. Vem e permanece (quase) sem expectativas, mas o sorriso doce mexeu comigo. E se é para ser intensa, que eu seja por inteiro, mesmo que seja sozinha, não faz mal. O que vale é o aqui e o agora. Depois, logo se vê.
Não tem problema gostar. O que não pode é fingir que não gosta. Se der errado deu. Quando (ou se) deixar de dar certo, ficará a doce lembrança de quem veio e abalou as estruturas, com a naturalidade e simplicidade de quem não promete nada, mas mesmo assim sabe exatamente o que fazer para me balançar.
E, ao mesmo tempo em que as notificações estão personalizadas, para saber que é você e não mais uma mensagem de "bom dia" qualquer, o pé no freio é o termômetro que precisamos. 
Porque você veio para provar como é doce o sabor da liberdade, que você tão bem personifica, mesmo sem ser a causa.
E o bom é que para gostar não precisa significar nada. E isso sabe bem.




Apega-te sim!

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Vivemos numa época em que o certo é não sentir, ou, pelo menos, não sentir em demasia. Não pode ligar demais, aparecer demais, gostar demais. Tudo para evitar o coração partido. São os tempos em que, mesmo se estamos interessados, não podemos demonstrar. "O outro que corra atrás", dizem eles.
Eu, particularmente, nunca gostei de viver assim. Sempre fui bastante intensa nas minhas ações e sobretudo nos meus sentimentos. Não sei agir, nem tão pouco sentir pela metade. Comigo o negócio é para viver mesmo.

"Pega, mas não se apega" é um conselho muito dado. Mas - e ainda bem! - nem sempre é seguido. E por que seria? Qual é a graça de viver algo com o qual não temos apego? Entrar no mar azul e ficar com a água nos tornozelos para não correr o risco de se afogar? Deixar de ligar ou mandar mensagem para aquela pessoa legal para não parecer desespero? Não, gente, não façam isso. Vivam, sintam, se apaixonem, liguem, entram no mar!

Moça, se apega sim! Claro, não vai se apaixonar dez vezes no mesmo dia, mas não deixe de se dar a chance de viver algo bom apenas porque teme que a ausência do outro chegue antes do esperado. Isso não é viver, é sobreviver.
Não permita que o fortalecimento do seu amor-próprio dependa da presença ou ausência de alguém. Mas não descarte, à partida, a ideia de que viver essa história pode te fazer um bem danado. Ou não, mas como você irá saber se não tentar? Segura na mão de Deus e vai. Pega e se apega, por que não?


Ei, moça, você precisa ir embora

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Moça, chegou a hora de ir embora. Sério, você precisa ir agora, sem olhar para trás. Não vale mais a pena ficar, não vale mais a pena esperar por algo que nem vale mais a pena. Ele não vai mudar agora, e, definitivamente, ele não vai mudar por você. Sei que você acredita em contos de fadas, naqueles amores de correr pelo aeroporto até o portão de embarque. E você tem o direito de viver esse amor. E é por isso que você deve ir embora. Moça, é sério, vai embora.
Sei que você esperou por tanto tempo que acabou se acostumando com a presença da ausência. Com a indiferença. Ficou tanto tempo sentada na porta de casa esperando alguém abrir. Sei que dar medo de ir embora e, segundos depois, a porta finalmente se abrir. Mas esqueça. A porta pode até se abrir, mas definitivamente não se abrirá para você. E sabe que mais? Não tem problema nenhum nisso. Há muitas portas e janelas por aí esperando por você.
Vá embora sem medo de seguir em frente. A vida é demasiado curta para ficar esperando corações amolecerem, portas se abrirem. Pelo menos aquele coração, aquela porta. Eles não são para você. Não mais.Talvez um dia tenham sido. Mas as coisas mudam, e mudam todos os dias. E ninguém é obrigado a amar alguém para sempre. Isso vale, inclusive, para você. Sim, moça, amores não precisam necessariamente ser para sempre. Sobretudo se for daquele amor que já não te faz bem, o amor por comodismo, por hábito. Amar porque já ama faz tempo já não é amor quando você já não consegue se lembrar porque amou à partida. Ir embora nessa hora é libertador e pode salvar a sua vida.
Moça, outros amores virão. Eles também poderão trazer lágrimas, medos e decepções. Mas é um amor que você se permitiu a sentir. E isso você só pode fazer se for embora.

Isso, retoca a maquiagem. Penteie o cabelo, calce o seu salto alto e pegue sua mala. Deixe a chave no criado-mudo, Gire a maçaneta, abra a porta. Vá embora. E por favor, não olhe para trás nunca mais. Vai ser feliz, moça.




Não desacredite no amor


Eu já acreditei em amor à primeira vista. E até já jurei a pés juntos que o senti. Mas amor à primeira vista não existe. Tem paixão, química, tesão, afinidade. Isso sim pode acontecer em um primeiro encontro. O amor não. O buraco do amor é mais em baixo.
Ele não se baseia em características físicas, perfumes marcantes ou conversas que fluem bem. O amor é conexão de almas, é querer partilhar, torcer para que o outro tenha sucesso e continuar querendo ficar perto mesmo quando o outro não é mais aquele príncipe. O amor fica mesmo até quando a paixão, a química, a tesão e a afinidade dão aquela sumidinha.
E quando alguém passa por uma desilusão amorosa, a tendência é se esconder numa concha e dizer: "Não quero saber de amor, agora quero é curtir!". E aí vai para a balada, faz perfil em aplicativo de paquera, muda o visual e parece querer recuperar o tempo perdido.
Há várias soluções para curar corações partidos e querer sair para se divertir sem pensar em arrumar marido não tem problema algum. Mas a primeira coisa que deve ser feita para curar os males de amor é recuperar a bela, e muitas vezes perdida autoestima. Sim, essa que levou um baque depois do pé na bunda. 
O amor-próprio: é desse que você não deve desistir. Esqueça o cara que parou de te amar e te trocou, ninguém é obrigado a amar o outro a não ser nós mesmos. Esse sim, é o amor que merece esforço, aquele que te faz ver as suas muitas qualidades mesmo quando só te apontam os defeitos. E isso vai muito além de beleza física, é você valorizar a sua essência, se amar exatamente do jeitinho que você é e nunca parar de lutar para limar aquelas arestas que te incomodam.
Moça, depois que você entende que ninguém pode obrigar ninguém a te amar tudo começa a fluir melhor. Vem aquela paz, o entendimento e a sabedoria para saber perdoar e virar aquela página da sua vida. Seja o que você bem entende que quer ser, cure esse coração, se ame e se divirta! Quem sabe na próxima balada ou match, de forma totalmente despretensiosa, você encontra aquele cara que te mostra que você merece mais do que ser estepe de um amor meia-boca?
 
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