Carta para aquele que um dia eu amei

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Não lembro exatamente quando começamos a nos perder um do outro, mas recordo perfeitamente do que você me fazia sentir. Você me olhava de uma forma diferente, me tocava de um jeito diferente, então me perdi no seu sorriso, nos seus olhos castanhos, e em você depositei tudo aquilo que eu nunca tive e que tanto sonhei.
Mas você não era essa pessoa. Não quis ser, ou não conseguiu. Mas insistimos. Sabe quando eu sempre falava que o amor não bastava? Que o fato de a gente se amar tanto e não conseguir ficar longe nunca seria o bastante? Então.

Peço socorro, para mim e para você. Talvez não era a hora, talvez nunca chegue o nosso tempo. Talvez aquilo que perdemos e reencontramos um no outro nunca chegue a ser a vontade de Deus para a gente. Dizem que a linha entre o amor e o ódio é ténue e fácil de ser rompida. Talvez tenhamos chegado nesse exato momento. Dói, né? Mas passa, vai passar. Sempre passa.
E eu te amei. Ah, como eu te amei. Como amei cada sorriso, cada abraço, cada dormir com pernas entrelaçadas. Amo você com toda a força do meu ser. E sei que você também me ama. 




Mas o amor tem de trazer paz, tranquilidade, refúgio, tem de ajudar a crescer, tem de dar as mãos. Nenhum amor resiste a um virar de costas, ao egoísmo.
Que você se cure, que se descubra, que veja em você aquilo que um dia eu já vi e que Deus vê desde o início dos tempos. Que toda a palavra de ódio caia por terra. Que sejamos felizes.


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