A mulher que batalhou ser

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Ela carrega em recantos escondidos da pele histórias tatuadas, vividas e ainda por viver. Deitada na cama olhando o teto branco, a íris verde reflete aquele raio de sol que entra pela fresta da cortina mal fechada. Ela pensa que ainda não conquistou tudo o que quer, mas orgulha-se do caminho percorrido até aqui. Tanto se fecha em copas como se abre para o mundo, não crê em sentimentos abafados porque sabe que quem não fala do que sente corre o risco de perder aquilo que tanto o faz sorrir.
Tem a estranha mania de transformar em poesia paixões rasas que mal têm pernas para andar. Mas ela é assim, acredita que nada é por acaso e que ninguém atravessa o seu caminho à toa. Já beijou sem amar e também já amou sem beijar, mas ela quer mesmo é a pele na pele, o amor de dormir no peito e de pernas entrelaçadas.
Já teve o coração partido em mil pedaços e também guarda cacos de corações alheios. Ela não fez por mal, é que com ela a euforia tende a passar muito rápido. Nessa hora, todo sentimentalismo vira pedra e ela vai, sim, te dispensar sem pensar duas vezes.
Ainda tem o sonho de mudar a vida de alguém, de acrescentar sorrisos em outros lares e ensinar a enxergar beleza em coisas simples. Porque quando você ama tudo o que você tem, você simplesmente tem tudo aquilo que precisa.
Vive em busca de sorrisos largos e abraços apertados. Não se engane, ela não precisa de você. Mas no fundo, bem lá no fundo, ela ainda crê em amores de uma vida, e isso, nada poderá tirar dela. 
Não gosta de perder tempo com amores fracos demais, que não merecem o seu tempo. Tem a ilusão de que é possível sim, mudar a vida do outro com amor. 



 
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