As pessoas têm medo de bebês

sexta-feira, 24 de abril de 2015

A verdade é que as pessoas têm medo de bebês e crianças. Especialmente em locais como restaurantes, shoppings e transportes.
Em aviões, a visão de uma criança é sinônimo de pavor para muitos passageiros. Temem por um moleque gritando durante horas. Temem por cheiros fortes. Apenas temem.
Quem não tem filhos julga sempre o filho dos outros. "Ai se fosse meu filho...". Amigos, sinto-lhes dizer: você terá pouca ação para as birras do seu filho. E sim, você vai pagar pelas coisas que você fala dos filhos dos outros.
Quando o Antonio começou a dar um escândalo na sala de embarque, pude perceber um grupo de pessoas se entreolhando como se dissessem: " Espero que eles não vão no nosso vôo ". As pessoas têm pânico de criança chorando, dá aflição né?
Pois a maternagem me ensinou a ter calma quando meu filho chora. Raramente acontece dele dar escândalo, mas qd acontece, só me resta ficar calma e tentar tranquilizá-lo.
Claro que me incomoda ver que meu filho está incomodando outros. Mas o que posso fazer? Só posso fazer cara de alface e pedir desculpa caso seja necessário.
A verdade é que nunca mais julguei uma mãe cujo filho estar fazendo uma cena. E por favor, não me julguem se o Toni fizer também, tá?

Das tribulações

sábado, 18 de abril de 2015

"E, de repente, você não tem mais nenhum controle na sua vida. Nada do que era, é, e você não sabe como vai ser amanhã, depois, daqui a um mês, a um ano.
Dá vontade de trocar de vida, mudar para Nova York, começar a trabalhar em outra coisa qualquer, como, sei lá, dog walker, trocar a cor de cabelo, mudar de estilo e apagar tudo o que ficou para trás.
Mas não é assim tão simples. A vida não é assim tão simples. E aí você está ali, apático e sem nenhum controle da sua vida.
E isso dá medo. Ah, se dá".
Escrevi este texto em novembro de 2011, em um outro blog que mantive durante alguns anos. Sempre gostei de escrever como forma de terapia, mas a vida adulta meio que me estupidificou e acabei por deixar isso um pouco de lado. Afinal, minha profissão já era escrever e fui dando prioridade a outras coisas.

Como se preparar para sair de casa com o bebê

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Sair de casa com um bebê pode ser uma verdadeira aventura, seja para passear seja para ir ao pediatra. E se achavam que era difícil esperar por uma mulher se arrumar, espere até ela ter um bebê.
Comigo a saga começa pelo menos 2 horas antes. Eu tento sempre acordar antes do Antonio para conseguir tomar banho. Claro que nem sempre (ou quase nunca) dá certo, então preciso recorrer ao Discovery Kids para distrai-lo.
- e se você que ainda não teve bebê diz que não vai deixar seu bebê na frente da TV, desengane-se. Você vai deixar sim. A menos que tenha babá, você vai precisar deixá-lo assistindo Luna, Backyardigans ou a porca malcriada para conseguir fazer as suas coisas.
Arrumar a bolsa do bebê também é uma aventura. Tem de ir fazendo o checklist: mamadeira √ leite √ água √ brinquedo √ chupeta √ paninho √ comida √ muda de roupa √
E é bem provável que se esqueça de alguma coisa.
Tento também deixá-lo pronto antes de eu me arrumar. Então primeiro vai a mamadeira, a troca de fralda e vestir neném. Só depois eu como a primeira coisa que eu vejo, visto qualquer coisa e passo um reboco na cara para esconder os sinais dos meses maldormidos.
Chega a hora de sair e é bebê num braço, bolsa no ombro, chave do carro e de casa na mão, celular tocando... E eu só torcendo pra ele não fazer cocô ou gorfar bem agora.

De volta para a minha terra

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Voltar a Portugal depois de quase cinco anos longe tem sido engraçado. A verdade é que eu virei apatriada. No Brasil sou portuguesa, em Portugal sou brasileira. Fiquei ali no limbo.
Portugal está igual mas tão diferente. Estou meio turista, tiro fotografias até a mendigos, a locais históricos. Não sei mais como funciona o transporte e talvez me vire melhor agora em São Paulo do que em Lisboa.
Mas há algo em mim em Lisboa que faz muito sentido. Parece que combina. Claro que estar de férias é bem diferente de trabalhar, viver.
Muitos me perguntam por que não volto. E confesso que essa hipótese nunca me passou pela cabeça "à séria". Claro que seria bom ter " colinho de mamãe" tão perto. Mas realmente não me imagino a começar tudo do zero outra vez. Uma coisa é aos 21 anos, quando era nova e estúpida. Agora, aos 30? Separada e com um filho nos braços? Não, obrigada.
Mas é tão bom estar aqui, nem que seja por uns dias. Bom para desanuviar. Quando voltar logo se vê.

Agora, sim, aos 30

domingo, 5 de abril de 2015

Agora tenho 30 anos.
Mas não me sinto assim tão diferente. Ainda bem.
A verdade é que isso aí de ter 30 anos não deveria significar nada. Afinal, o que se espera de alguém com 30 anos? Ter casa, emprego, marido, filhos, uma vida encaminhada?
Não se espera que alguém a partir dos 30 anos se comporte como um adolescente, viva la vida loca. Então nem que se eu quisesse,começar a me comportar como uma jovem não cairia nada bem.
Mas, e aí? A vida acaba?
Não sei muito bem o que esperar da vida aos 30. Não sabia também ontem, quando ainda tenho 29. Mas sei que esta é a hora de recomeçar, reescrever a história depois da página rasgada. Dá medo? Dá, e muito. Ainda parece que estou num pesadelo ou a viver a vida de outra pessoa.
Não sou tão forte como os outros me acham, mas sou mais do que aquilo que esperava ser. E sabem que mais? É a hora de parar de chorar sobre o leite derramado. Creio que Deus tem muito mais para mim.

Agora que sou mãe

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Desde que meu filho nasceu, percebi que há vários tipos de mãe: aquela que os outros esperam que eu seja, a que sou no Instagram, a que quero ser e a que efetivamente sou. E nem sempre uma ou outra prevalece.
A que os outros esperam que eu seja é a mais difícil! Porque aí é tarefa de super mulher! Ora vejamos: a mãe que os outros querem que nós sejamos tem parto natural em casa, amamenta até os três anos, trabalha em período integral, não tem babá nem faxineira, cuida da casa de forma exemplar, passa a ferro lençóis e calcinhas, é ótima cozinheira, tem as unhas sempre feitas, faz academia, cuida do cabelo e da pele e ainda é ótima esposa e amante. Ufa! Cansei só de pensar. A que mostramos ser no Instagram está entre a mãe que os outros querem que a gente seja e a que a gente quer ser. Afinal, quem quer postar fotos de pijama, dentes por escovar, cabelo por pentear e morta de cansaço e de falta de paciência porque a criança não quer comer?
A mãe que queremos ser é o nosso alvo. E, falando por mim, é o que mais quero alcançar na vida. Porque vai muito mais além do que mostro ser para os outros, e mais do que posso realmente ser para o meu filho.
 
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