Agora que sou mãe

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Desde que meu filho nasceu, percebi que há vários tipos de mãe: aquela que os outros esperam que eu seja, a que sou no Instagram, a que quero ser e a que efetivamente sou. E nem sempre uma ou outra prevalece.
A que os outros esperam que eu seja é a mais difícil! Porque aí é tarefa de super mulher! Ora vejamos: a mãe que os outros querem que nós sejamos tem parto natural em casa, amamenta até os três anos, trabalha em período integral, não tem babá nem faxineira, cuida da casa de forma exemplar, passa a ferro lençóis e calcinhas, é ótima cozinheira, tem as unhas sempre feitas, faz academia, cuida do cabelo e da pele e ainda é ótima esposa e amante. Ufa! Cansei só de pensar. A que mostramos ser no Instagram está entre a mãe que os outros querem que a gente seja e a que a gente quer ser. Afinal, quem quer postar fotos de pijama, dentes por escovar, cabelo por pentear e morta de cansaço e de falta de paciência porque a criança não quer comer?
A mãe que queremos ser é o nosso alvo. E, falando por mim, é o que mais quero alcançar na vida. Porque vai muito mais além do que mostro ser para os outros, e mais do que posso realmente ser para o meu filho.


Quero que o Antonio tenha orgulho em mim. Que ele possa ver em mim um exemplo e uma pessoa com quem possa sempre contar. Que eu tenha sempre a sabedoria, a paciência, o amor e a dedicação para conseguir educá-lo nos caminhos de Deus, para ele se transformar numa pessoa com valores, íntegra, que faz o bem. Se eu conseguir fazer isso, pouco me importa a flacidez na barriga que ainda resta da gravidez, as unhas por fazer ou as pontas de cabelo espigadas.
Porque quando nasce um filho, nasce também uma mãe. E essa muitas vezes ganha o espaço da mulher, quando o ideal é que as duas convivessem juntas.

Ainda hei-de aprender a deixar que as duas existam. Afinal, o Antonio quer mais é que a mãe seja feliz, não é verdade?

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