* texto originalmente postado em março de 2010 em outro blog
Sim, eu fiz depilação com cera nas virilhas e sobrevivi para contar para o mundo inteiro a experiência.
Lembro muito , acho que este foi o momento mais embaraçoso de toda a minha vida. A minha Mary Jane (sim, ela tem nome), ficou meio que envergonhada de eu a expôr dessa forma a uma estranha de seu nome Dirce.
Assim que entrei na sala, expliquei que era a primeira vez que ia depilar com cera e que estava assim meio que apreensiva. Ela deu uma risadinha tipo "Rá, e eu com isso? Tira as calças e deita na maca". Eu obedeci.
Assim que me deitei, ela abriu as minhas pernas e... zás! Afasta a minha calcinha para poder "trabalhar melhor". Ai, meu Deus, quis morrer nessa hora, juro. Ela passou a cera e saiu da sala, me deixando ali, exposta e vulnerável. E eis que a pior coisa aconteceu: outra mulher entrou na sala, deixando a porta aberta! E tem mais: a mulher é uma pessoa que eu já entrevistei! Ai, meu Deus, voltei a querer morrer.
Minutos depois, a tal da Dirce, voltou e fez o serviço. Dor, mais exposição, vulnerabilidade e vontade de sumir. "Mas é uma dor perfeitamente suportável, não é?", perguntou ela. "É, sim, minha cara Dirce, mas quem vai tirar de mim a exposição pessoal, a vulnerabilidade e a vontade de sumir?", pensei eu.
E eis que surge a pergunta fatal: "Vai querer depilar atrás?". "Aaai... ah, vamos lá".
Foram os 20 minutos mais longos da minha vida. E durante cinco anos me prestei a isso mensalmente. Graças a Deus pelo tempo das vacas magras e, consequentemente, pela gilette. Mas uma lágrima solitária rola solta imaginando como será a próxima vez que deitar naquela maca e a Paulinha falar: "Raspou né?"