Antes de engravidar, a minha alimentação era bem saudável: era vegetariana e, como ia muito na academia, tinha aquelas ' neuras' de comer bem para não engordar, ganhar músculo, ter energia para correr e tudo o mais.
Quando engravidei, decidi que queria ser uma mamãe fitness, engordar pouco, seguir vegetariana e permanecer saudável. Segui assim até ao início do sétimo mês, quando parei de treinar. E como já estava bem barriguda, meio que me desliguei das neuras e decidi comer o que tinha vontade - o que incluiu refrigerante, que não bebia há mais de um ano.
Quando o Antonio nasceu, voltou a neura de me alimentar bem, já que amamentava e queria que o meu leite fosse o melhor possível. Então não comia nada de besteira.
Foi quando o Antonio começou a comer que as coisas desandaram. Sempre fiz questão de fazer a comida dele - e aqui entre nós, não gosto muito quando ele come coisas que não fui eu que fiz -, e sempre quis que fosse o mais saudável possível: pesquisei várias receitas e combinações para que a relação do meu filho com a comida começasse da melhor forma. Não tenho neuras, ele come Mucilon de vez em quando, mas fora isso não come industrializados.
Mas enquanto ele come do bom e do melhor, eu só comia o que dava e quando dava. Tinha semanas em que no cardápio só entrava macarrão e ovo, que era o mais rápido de fazer quando já eram 23h e o bebê tinha finalmente adormecido. Voltei a comer carne porque não estava mais conseguindo arrumar tempo e cabeça para me alimentar direito.
Hoje as coisas estão melhores. O sono dele está mais regular, então tenho mais tempo para fazer um prato decente. Claro que sucumbo muitas vezes ao miojo, mas com o tempo chego lá. Porque logo logo o Antonio começa a comer a comida da casa e eu definitivamente preciso aprender a mexer na panela de pressão pra cozinhar feijão.