A era do descartável

domingo, 19 de julho de 2015

Vivemos numa época em que as coisas são perecíveis. 30 anos atrás, tudo durava mais, desde a geladeira até aquele par de sapatos, passando por, claro, relacionamentos.
Hoje, ninguém quer geladeira velha. Sapatos do inverno passado vão para doação. E relacionamentos nunca parecem ser satisfatórios o suficiente. "Ah, mas as geladeiras hoje são baratas,  não vale a  pena mandar consertar a geladeira velha". " Mas este sapato é tendência, o outro está fora de moda". "Não sou mais feliz neste relacionamento/A pessoa não me completa mais/Quero encontrar alguém que me valorize".
O resultado disso é catastrófico: mais ninguém se esforça para que as coisas funcionem. Tudo é perecível, tudo tem prazo de validade, tudo é descartável. O problema é que às vezes o problema não está na geladeira velha, no sapato fora de moda ou no relacionamento que não dá mais certo. O problema está principalmente na forma como nos posicionamos em relação ao conserto delas. Hoje mais ninguém quer consertar nada, não tenta de tudo, não chama o técnico pra ver o problema da geladeira. Tem até quem vá ao técnico, mas sem a geladeira. Como o cara vai consertar o aparelho se o dono não o leva até ele?
Se o problema é na geladeira, apenas conserte a geladeira. Não adianta comprar um fogão para a substituir. Logo mais, você vai entender que não é a mesma coisa.

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