Hoje acordei com vontade de você. Assim que abri os olhos peguei no celular e quase mandei o "bom dia!" a que já estava acostumada todas as manhãs. Mas aí lembrei que você não está mais aqui. Lembrei que não nos falamos mais. Passou só meia-dúzia de dias mas já parece que foram anos, que o mundo mudou: a Terceira Guerra começou, o São Paulo foi eliminado de novo, o frio veio e foi embora, os cabelos brancos deram a cara e as rugas se fortaleceram.
Quis te mandar uma música, aquela, sabe? A que eu chamo de nossa e que por 11 anos eu não conseguia escutar sem lembrar de você. "Espero que ele esteja bem" era o pensamento que me vinha à cabeça quando a ouvia antes e é precisamente esse pensamento que veio agora. E eu quis mandar uma mensagem falando que estava sentindo a sua falta e receber de volta um "eu também".
Mas não mandei. Não mandei porque independentemente do que você responder, provavelmente nada vai mudar, o seu silêncio deixa isso bem claro. E mesmo que dê vontade de começar tudo do zero, como se estivéssemos nos conhecendo agora em uma rede social qualquer, não dá para fingir. Já há muito de você em mim para agir como se fôssemos perfeitos desconhecidos. Até podemos tentar, mas como explicar para o coração que aquela marca ali dentro tem a forma de um desconhecido?
Incrível como dói muito mais a tua ausência do que a indiferença da tua presença. É, era assim, você não percebia? Pois é.
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