Numa época de relacionamentos vapt-vupt, de dar like esperando o match, de muitos "oi, sumida" nas redes sociais e poucos "vamos tomar um café agora?", demonstrar interesse pelo outro é cada vez mais raro. Hoje, ganha quem demora mais para mandar uma mensagem, o prêmio vai para quem é mais desapegado. Afinal, o que está acontecendo com o mundo que parece não querer mais amor na sua vida?
Há quem até se doe, mas pela metade. E não, não é aquela metade da laranja que o Fábio Júnior já cantava. Até porque ninguém deve procurar metade nenhuma, somos inteiros, ninguém deve vir para completar, mas sim para somar. Mas não é dessa metade que estou falando. As pessoas hoje, quando se interessam por alguém, vão já com o pé atrás, já estabelecem o limite até onde querem ir, independentemente de saber se o encontro terá aquele "fogo-de-artifício" típico de quem se gosta no primeiro olhar ou não.
Ninguém é obrigado a demonstrar interesse quando não se tem, ou a gostar do outro. Tudo bem, é normal. O que não deveria acontecer é a auto-sabotagem, o gostar e não querer nada além de uma noite quente de prazer e tchau. Acabou as mensagens de "bom dia", acabou a ligação no horário de almoço, acabou o interesse. Assim, simples, beijo e tchau. Venha o próximo da lista que não há tempo a perder.
Amar, definitivamente, é para os fortes. E é por isso que devemos agradecer por cada toco, cada interesse que se esvai na manhã seguinte, cada "Desculpa, mas não vai rolar". Quem não está disposto a brincar no jogo do amor não deve descer para o play. Passa a vez para o coleguinha e fica no celular procurando o próximo no cardápio humano que você ganha mais.
Quem procura amor de verdade não deve se preocupar com os "nãos" mascarados de sumiços que falam mais do que palavras. Deve é agradecer. Porque a pele se auto-regenera no amor próprio e prepara o coração do valente na busca da felicidade.
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